Trincas, fissuras ou rachaduras em paredes e estruturas costumam causar preocupação — e com razão. Esses sinais podem indicar desde movimentações naturais da edificação até problemas mais sérios, como recalques ou falhas estruturais. Mas, antes de qualquer intervenção, é essencial entender: essas fissuras estão ativas (em movimento) ou passivas (estáticas)?
É aí que entra o acompanhamento de abertura de fissuras, um procedimento técnico fundamental para monitorar e avaliar o comportamento dessas aberturas ao longo do tempo.
Por que acompanhar fissuras?
O objetivo do acompanhamento é simples: identificar se a fissura está evoluindo e, se estiver, em que ritmo e direção. Isso auxilia o profissional avaliador a tomar decisões mais assertivas, evitando intervenções desnecessárias ou, pior, deixar de agir quando há risco real.
Técnicas comuns de acompanhamento
Existem diferentes métodos para monitorar fissuras. Abaixo, abordamos alguns dos métodos amplamente utilizados por empresas especializadas pela sua eficiência e baixo custo.
1. Selo de Gesso
Uma das técnicas mais tradicionais e econômicas, o selo de gesso consiste em aplicar uma pequena porção de pasta de gesso diretamente sobre a fissura. Se o selo quebrar com o tempo, é sinal de que houve movimentação.
As principais vantagens desse método são a sua simplicidade, baixo custo e fácil visualização. Em contrapartida, não é possível medir o quanto a fissura se movimentou. Além disso, não é uma técnica indicada para uso em ambientes externos, uma vez que o gesso apresenta alta sensibilidade à umidade.
2. Lâmina de vidro
Esta técnica consiste em fixar uma pequena lâmina de vidro sobre a fissura, geralmente com o uso de resina epóxi ou outro tipo de adesivo resistente. A lâmina deve ser colocada de forma transversal à fissura, cobrindo partes de ambos os lados da abertura.
Caso se utilize a resina epóxi, é importante criar um suporte provisório da lâmina durante a secagem (pode-se utilizar fita crepe, blutack etc.), pois o calor pode derreter a resina e comprometer a fixação da lâmina.
Com o tempo, se a fissura se mover, a lâmina se rompe, indicando que houve deslocamento relativo entre os dois lados da fissura. O rompimento do vidro é um indicativo claro de movimentação, permitindo diferenciar fissuras ativas das inativas.
3. Linhas cruzadas
Neste método, são desenhadas duas linhas cruzadas diretamente na superfície fissurada, utilizando caneta permanente ou marcador técnico, com o auxílio de uma régua é aplicado. Se a fissura se mover, essas linhas ficarão desalinhadas, indicando que se trata de uma fissura ativa. A partir do novo posicionamento, identifica-se a direção em que a fissura se movimentou com auxílio de uma régua ou fissurômetro.
Essa técnica tem como vantagem a facilidade de execução e a possibilidade de identificar a direção da movimentação. Como desvantagem, destaca-se que o método fornece apenas medidas aproximadas da movimentação.
Quando procurar uma empresa especializada?
Assim que uma fissura for identificada e você notar qualquer mudança em tamanho, profundidade ou padrão, é hora de procurar ajuda técnica. Um diagnóstico correto só pode ser feito com base em observação contínua e interpretação profissional.
Empresas especializadas contam com engenheiros capacitados e, quando necessário, equipamentos de precisão e técnicas avançadas de monitoramento, além da experiência para indicar a melhor solução — seja correção estrutural, reforço ou simples manutenção.
Fissuras nem sempre são sinal de problemas graves, mas ignorá-las pode sair caro. O acompanhamento técnico é uma etapa essencial para garantir a segurança, prevenir danos e evitar gastos desnecessários. E o melhor: muitas vezes, tudo começa com técnicas simples e acessíveis.
Se você identificou trincas em sua residência, prédio ou instalação, fale conosco e tenha tranquilidade no diagnóstico e na solução.
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